quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Cultura

Falar de cultura num Concelho tão rico de tradições, de lendas, de estórias e de História, de um passado rico e que muito nos enobrece, não é tarefa fácil.
Ainda mais difícil se torna quando associamos as Associações Culturais, os Grupos Etnográficos, as Bandas de Música..., bem como criadores em várias áreas, desde a pintura à escultura, da literatura ao design, obtendo um manancial considerável de produção cultural que é necessário preservar e, acima de tudo, divulgar.
O Município, para além das estruturas culturais que têm também outras funções, como a investigação e a educação - de que são exemplo o Arquivo Municipal e a Biblioteca Municipal -, reúne um conjunto de edifícios que, por sua vez, abarcam distintos serviços ligados às áreas culturais, como o Teatro Diogo Bernardes, o Espaço Internet, o Museu dos Terceiros, o Museu Rural, a Torre da Cadeia Velha, a Capela das Pereiras, o Paço do Marquês e a Oficina das Artes na Casa do Arnado, entre outros...


E cultura são também as pessoas e tudo aquilo que elas transmitem de geração em geração - o artesanato, as festas e romarias, a rica gastronomia (acompanhada pelo delicioso Vinho Verde), as tradições orais, o trabalho do campo, etc.

Além dos seus inúmeros atributos naturais, a Região Minhota é também dotada de um variado leque de solares que são obras - primas da Arquitectura Portuguesa.Vale sempre a pena visitar os seus monumentos e igrejas, mas a ponte romana sobre o rio Lima e o chafariz na praça principal, são incontornáveis.



O típico Arroz de Sarrabulho de Ponte de Lima




Rótulo do Vinho Verde tinto da Adega Cooperativa de Ponte de Lima.







Torre da Cadeia Velha.



 Ponte Romana sobre o Rio Lima.





Capela das Pereiras.





Teatro Diogo Bernardes




 Museu dos Terceiros







Ponte de Lima é, sem sombra de dúvidas, pelo muito que pode oferecer em qualquer recanto, cultura na mais rica significação do conceito.

terça-feira, 16 de novembro de 2010

A Vila mais antiga de Portugal.



Foral de D. Teresa (1125)

Em nome de Deus e da indivisa Trindade.
Eu, rainha Dona Teresa, filha do rei Afonso (desejo-vos) saúde no Senhor.

Aprouve-me fazer vila o supra-nomeado lugar de Ponte.
Estabeleço, decreto e determino firmissimamente como será para sempre desde já, 4º dia antes das Nonas de Março da era de 1163.
Eu, rainha faço couto aos homens que aí quiserem habitar.
O seu termo parte por foz do Trovela e daí por entre a vila Sendin e (a vila) Domez, e daí por Pedra Rodada, e depois sobe ao castro de Gaia (?) e desce à Portela de Arca, e vai a Mirancelhe e daí ao Lima.

Se alguém tentar infringir o meu decreto, pague seis mil soldos;
e se alguém fizer mal aos habitantes da supradita vila fora do seu couto, pague quinhentos soldos;
e se alguém fizer alguma «coima» fora do seu couto e aí não for detido, seja livre;
e se alguém fizer algum mal aos homens que de qualquer terra vieram à feira, tanto na ida como na vinda, pague sessenta soldos.
Os que habitarem na vila pagarão das suas casas um soldo por ano, nada pagando das suas «certinhas»;
as herdades que os habitantes desta vila tiverem
fora do seu termo fiquem coutadas;
do que colherem nas terras arroteadas paguem um terço e das não arroteadas um quinto.

Eu, rainha Teresa, e meu filho Afonso, rei, assinamos por mão própria esta carta.

Testemunhas:

Conde Fernando confirmou
Conde Gomes Nunes confirmou
Paio Vasques, dapifer da Cúria confirmou
Sisnando Ramires, governador de Riba Lima como mandatário da rainha, confirmou.
E muitos outros homens bons (...)
Paio, Arcebispo de Braga (confirmou)
Pedro, notou.


Obs.: O ano está indicado segundo o calendário hispânico cujo primeiro ano corresponde ao de 38 a.C. A era hispânica vigorou oficialmente em Portugal até 1422. Para achar o ano correspondente no calendário cristão basta subtrair 38 ao número apresentado. Assim a era de 1163 do foral corresponde ao ano de 1125.


Foral de D. Afonso II (1212)

Eu Afonso II, por graça de Deus Rei de Portugal, juntamente com minha mulher, a Rainha D. Urraca e nossos filhos os Infantes D. Sancho, D. Afonso e D. Leonor outorgo e inteiramente confirmo a todos os povoadores de Ponte este foro e esta carta que lhes deu minha avó a Rainha D. Teresa. E para que a presente carta maior força tenha, a fiz selar com o meu selo de chumbo. E foi feita em Guimarães no mês de Agosto da era de 1255 (ano de C. 1217). Nós EI-Rei D. Afonso e minha mulher D. Urraca e nossos filhos os Infantes D. Sancho, D. Afonso e D. Leonor, firmamos esta carta por nossas próprias mãos e nela estes sinais pusemos + + + + +

Foram presentes: D. Martim Joanes, alferes de EI-Rei, conf. - D. Pedro Joanes, mordomo do Paço, conf. - D. Lourenço Soares, conf. - D. Gomes Soares, conf. - D. Gil Vasques, conf. - D. Fernão Fernandes, conf. - D. João Fernandes, conf. - D. Rui Mendes, conf. - D. Pôncio Afonso. - D. Lopo Afonso. - Vicêncio Mendes, Pedro Pires, Martim Pires - D. Estêvão, arcebispo de Braga, conf. - D. Martinho, bispo do Porto, conf. - D. Pedro, bispo de Coimbra, conf. - D. Soeiro, bispo de Lisboa, conf. - D. Soeiro, bispo de Elvas, conf. - D. Paio, bispo de Lamego, conf. - D. Bartolomeu, bispo de Viseu, conf. - D. Martinho, bispo de Idanha, conf. - Mestre Paio, Pedro Garcia, João Pires, testemunhas.

Rei Afonso, Rainha D. Urraca, Inf. D. Leonor, Inf. D. Sancho.
Gonçalo Mendes, Chanceler.



Foral de D. Fernando

"Dom fernãdo & A todollos juizes almoxarifes e scriuães e rendeiros e officiais dos nossos regnos, que esta carta virdes saude. Sabede que nos querendo fazer graça e mercee ao cõcelho e moradores da nossa villa de Ponte De Lima mãdamos que elles aiam tal feyra como ha o cõcelho e villa dabrantes; porem mãdamos a vos e a cada hum de vos que lhes guardedes a façades cuprir e guardar todallas graças e mercees e liberdades que a dita feyra dabrantes ha e lhe foram dadas e outhorgadas por nos e pollos reysque ante nos foram segundo he contheudo nas cartas e privillegios que o dito cõcelho dabrantes dello tem e lhes nom vaades contra ellas em nenhua era, unde al nom façades. Dante em alanquer quatorze de Março. Elrey o mãdou per fernã ruys seu uassallo e do seu desembargo. Estevã Domingos a fez era de mill IIIJXVIJ annos."

domingo, 14 de novembro de 2010

Localização geográfica.

O Concelho de Ponte de Lima, é um dos 10 concelhos que integram o Distrito de Viana do Castelo, região conhecida por Alto Minho, ocupando uma posição central no Vale do Lima.
O Município é delimitado a Norte pelos Concelhos de Paredes de Coura, Vila Nova de Cerveira e Arcos de Valdevez; a Sul pelo Concelho de Barcelos; a Nascente pelos Concelhos de Vila Verde, Ponte da Barca e parte de Arcos de Valdevez; a Poente pelos Concelhos de Viana do Castelo e Caminha.




sexta-feira, 12 de novembro de 2010

Como chegar a Ponte de Lima.



Mapa dos acessos à Vila de Ponte de Lima.


A destacar a Auto Estrada A3, que liga o Porto a Valença, com saída para Ponte de Lima na freguesia da Ribeira, a cerca de 2 kms do centro da vila. E a Auto Estrada A28 que liga o Porto a Viana do Castelo, tendo continuidade com a A27 até Ponte de Lima, com saída na freguesia de Arcozelo, a cerca de 3 kms do centro da vila.

As 51 freguesias.



Ponte de Lima é sede de um município com 321 km2 de área, subdividido em 51 freguesias, sendo elas:






  • Anais
  • Arca
  • Arcos
  • Arcozelo
  • Ardegão
  • Bárrio
  • Beiral do Lima
  • Bertiandos
  • Boalhosa
  • Brandara
  • Cabaços
  • Cabração
  • Calheiros
  • Calvelo
  • Cepões
  • Correlhã
  • Estorãos
  • Facha
  • Feitosa
  • Fojo Lobal
  • Fontão
  • Fornelos
  • Freixo
  • Friastelas
  • Gaifar
  • Gandra
  • Gemieira
  • Gondufe
  • Labruja
  • Labrujó
  • Mato
  • Moreira do Lima
  • Navió
  • Poiares
  • Ponte de Lima
  • Queijada
  • Refóios do Lima
  • Rendufe
  • Ribeira
  • Sandiães
  • Santa Comba
  • Santa Cruz do Lima
  • Santa Maria de Rebordões
  • Seara
  • Serdedelo
  • Souto de Rebordões
  • Vilar das Almas
  • Vilar do Monte
  • Vitorino das Donas
  • Vitorino de Piães

quinta-feira, 11 de novembro de 2010

Ponte de Lima - Apresentação


Em pleno coração do Vale do Lima, a beleza castiça e peculiar da vila mais antiga de Portugal esconde raízes profundas e lendas ancestrais. Foi a Rainha D. Teresa quem, na longínqua data de 4 de Março de 1125, outorgou carta de foral à vila, referindo-se à mesma como Terra de Ponte. Anos mais tarde, já no século XIV, D. Pedro I, atendendo à posição geo-estratégica de Ponte de Lima, mandou muralhá-la, pelo que o resultado final foi o de um burgo medieval cercado de muralhas e nove torres, das quais ainda restam duas, vários vestígios das restantes e de toda a estrutura defensiva de então, fazendo-se o acesso à vila através de seis portas.

A ponte, que deu nome a esta nobre terra, adquiriu sempre uma importância de grande significado em todo o Alto Minho, atendendo a ser a única passagem segura do Rio Lima, em toda a sua extensão, até aos finais da Idade Média. A primitiva foi construída pelos romanos, da qual ainda resta um troço significativo na margem direita do Lima, sendo a medieval um marco notável da arquitectura, havendo muito poucos exemplos que se lhe comparem na altivez, beleza e equilíbrio do seu todo. Referência obrigatória em roteiros, guias e mapas, muitos deles antigos, que descrevem a passagem por ela de milhares de peregrinos que demandavam a Santiago de Compostela e que ainda nos dias de hoje a transpõem com a mesma finalidade.

A partir do século XVIII a expansão urbana surge e com ela o início da destruição da muralha que abraçava a vila. Começa a prosperar, por todo o concelho de Ponte de Lima, a opulência das casas senhoriais que a nobreza da época se encarregou de disseminar. Ao longo dos tempos, Ponte de Lima foi, assim, somando à sua beleza natural magníficas fachadas góticas, maneiristas, barrocas, neoclássicas e oitocentistas, aumentando significativamente o valor histórico, cultural e arquitectónico deste rincão único em todo o Portugal.